quarta-feira, 27 de julho de 2016

Oito anos do Triple Helix Group Brazil (parte 2)

Em conversas com o José Manoel, então um "convinors" do movimento da Triple Helix e futuro vice-presidente da THA, decidimos pela criação. Voltando um pouco mais na história. Já tínhamos tentado esse movimento em 2000. Quando estávamos todos na COPPE (Zé, como nosso orientador, eu e o Francisco Souza) e organizamos o Grupo de Gestão da Inovação em Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento (GEPED) dentro da área de Inovação Tecnolótica e Organização Industrial (ITOI) do programa de Engenharia de Produção. O GEPED acompanhou o movimento de ABIPTI, ANPEI e ANPROTEC de criação de uma frente pro-inovação e visava divulgar a TH no Brasil (lembrando que tínhamos organizado um seminário latino-americano em 1999 e a III conferência em 2000). O grupo se dissolveu em 2003 com a aposentadoria do Zé, mas se reorganiza a partir de 2005 na UFF sob a chancela do NEICT liderado pelo Emanuel Andrade e com o muito atuante Fernando Ferraz.

O tramite formal de criação do THERG foi feito junto ao Departamento de Administração do ICHS, na UFF de Volta Redonda, a PROPPI e por fim do CNPQ, para cadastramento no Diretório de Grupos de Pesquisa. O Zé  Manoel, na sua generosidade, preferiu que eu liderasse o grupo e ele ficasse como vice-coordenador. Apesar de algumas críticas de colegas ao Brazil com Z, sempre defendi a opção, não como entreguismo ao estrangeiro, mas porque o grupo buscava se inserir nas discussões internacionais sobre o tema.

A estratégia de ter um grupo de pesquisa formalizado foi essencial para o que veio depois. Conseguimos 2 projetos com a FAPERJ, entre 2008 e 2011. Um apoiou a estruturação do Laboratório de Multi-Aplicações em Gestão (LAMAG), sede física do THERG e de mais 8 grupos de pesquisa no ICHS/UFF. O segundo projeto nos permitiu desenvolver um amplo levantamento sobre as interações universidade-empresa-governo no Estado do RJ. Esse projeto permitiu o desenvolvimento do banco de dados com a produção sobre a TH, e de aplicações com o modelo de avaliação e gestão de parques tecnológicos (que depois deu origem ao AMIEM).
 
Nem só vitórias ocorreram! Infelizmente nossa proposta de criação de Núcleo de Apoio à Gestão de Inovação, de âmbito nacional, não foi aprovada pela FINEP, em 2010, nem uma segunda rodada do projeto das interações UEG no Estado do Rio, em 2014. Mas vida que segue! Conseguimos estruturar o grupo e seguir produzindo. Parcerias essencias, como com a Hélice Consultoria, liderada pelo Thiago Renault e pelo Rodrigo Carvalho deu um braço prático e real as ideias que eram desenvolvidas nas pesquisas sobre a Triple Helix. Outra parceria foi com a THA, que teve entre 2009 e 2013 o Zé Manoel como vice-presidente.

(continua..)