quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ciência e Tecnologia aprova reforço de 600 milhões de reais ao Orçamento do próximo ano

19/10/2018
A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados aprovou, em reunião nesta quarta-feira (17), quatro emendas no valor total de R$ 600 milhões para reforço de dotações no Orçamento de 2019 (PLN 27/18). Os projetos contemplam o programa espacial brasileiro, inclusão digital,  fomento à Pesquisa e Desenvolvimento no programa Brasil 2021 e projetos de pesquisa científica na Antártica.
A primeira emenda destina recursos de R$ 200 milhões ao programa de inclusão digital. A ideia, segundo o deputado André Figueiredo (PDT-CE), é propiciar ao serviço público, às escolas públicas e à população em geral, o acesso à banda larga. "É um conceito mundial que a cada ano vai crescendo. Bem como intensificar o nosso plano nacional de IoT (Internet das Coisas)", disse.
O segundo projeto estratégico contemplado, também com recursos de R$ 200 milhões, é o que fomenta o desenvolvimento de satélites pelo País. Outros R$ 100 milhões constam na emenda que destina recursos para a promoção da Pesquisa, do Desenvolvimento e da Inovação em Tecnologias Digitais, Componentes e Dispositivos Eletrônicos e Gestão das Obrigações de Contrapartida Relacionadas a Incentivos Fiscais, por meio do Programa 2021, que é desenvolvido na região amazônica. A quarta emenda destina recursos de R$ 100 milhões para o apoio à pesquisa na Antártica.
Essas emendas serão analisadas agora pela Comissão Mista de Orçamento. No processo orçamentário, existem as emendas de comissão, as individuais e as de bancadas estaduais. A Comissão de Ciência e Tecnologia também aprovou a realização de uma audiência pública para discutir a crise nas universidades federais.
*  Com informações da Câmara dos Deputados

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Brasil cai em ranking de competitividade mundial

Genebra – O próximo presidente da República assume um país pouco competitivo e avaliado como tendo a pior carga de regulações do setor público em todo o mundo. O resultado desse cenário foi, uma vez mais, a queda do Brasil no ranking internacional de competitividade, afetada ainda pela falta de abertura da economia nacional, um mercado laboral pouco flexível, crime e falta de qualidade na educação.

A classificação foi divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, que, neste ano, apresentou o Brasil na 72ª posição. No ano passado, a economia brasileira era a 69ª mais competitiva do mundo.

Leia a matéria completa do nosso vexame nacional em https://exame.abril.com.br/economia/brasil-cai-em-ranking-de-competitividade-mundial-2/

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Call for Submissions - ISPIM Florence


Deadline: 25 January 2019

Florence is considered to be the cradle of the Italian Renaissance and has a reputation as one of the most beautiful, creative and innovative cities in the world. Arts, crafts, buildings and methodologies were developed by innovators such as Dante, Giotto, Brunelleschi, Verrocchio and Da Vinci. And it is to the genius of Da Vinci, and his timeless innovations and inventions, that this ISPIM Conference is dedicated during this, the 500th year since his death. 

Over the centuries Florence and its surroundings have gained a reputation in fashion, food & wine, rail, the life sciences, nautical industries, design, oil & gas and tourism. Local companies successfully balance globalization and glocalization, both surviving and often thriving on the global market. The common ground for this bright and fecund innovative environmental crucible is that local innovation players actively engage within the innovation ecosystem, cooperating and sharing their different competences in a quadruple helix of innovation. And of course, attending the 2019 ISPIM Innovation Conference!

Submissions from academic, research, consulting, industry, intermediary and policy organisations are encouraged and should focus on the following conference themes:
AI and Innovation (inc. Big Data)*

Business Models
Creative Industries
Creativity in Innovation (by EACI)
Design and Design Thinking for Innovation
Digital Disruption & Transformation*
Entrepreneurship and Innovation in Start-Ups & SMEs
Futures & Foresight*
Health, Healthcare & Innovation Management
Innovation Management Methods for Industry*
Innovation Policies, Instruments & E-Government
Innovation Standards & Certification
Innovation Training, Teaching & Coaching*
Living Labs*
Measurement of Innovation
Methods & Skills for Innovation Management Research*
Open Innovation for Innovation
Innovation Platforms, Ecosystems and Supply Chains*
Responsible Innovation*
Social Innovation
Sustainability & Innovation (inc. agrifood)
Transferring Knowledge for Innovation

Accepted papers will be published in the Proceedings with an ISBN and included online in EBSCO, ProQuest ABI-Inform, Business Source Corporate Plus & Business Source International (forthcoming) and SCOPUS (forthcoming).

Leading papers will form one Special Issue in ISPIM's official journal, The International Journal of Innovation Management (IJIM) as well as Technology Innovation Management Review (TIM).

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A universidade na encruzilhada


por Thomaz Wood Jr. — publicado 12/09/2018 00h10, última modificação 10/09/2018 16h19
(https://www.cartacapital.com.br/revista/1020/a-universidade-na-encruzilhada)
A revisão premente do “contrato” entre a sociedade e a academia enseja grandes mudanças e desafios

Friedrich Wilhelm Christian Karl Ferdinand von Humboldt (1767-1835) foi filósofo, diplomata e deixou forte marca na área da educação. O notável prussiano acreditava que a base e o fim de qualquer sistema educacional eram a formação de cidadãos. Humboldt defendia a combinação entre ensino e pesquisa, ciência e artes. Em ensaio publicado no início do século XIX, argumentou que o Estado não deveria demandar das universidades nada diretamente relacionado a ele: somente a autonomia permitiria às universidades atingir seus mais altos propósitos.

Na metade do século XX, o engenheiro e inventor americano Vannevar Bush (1890-1974) ajudou a moldar o que entendemos como ciência e a definir o seu papel na sociedade. Em um célebre texto publicado em 1945 – “Science, The Endless Frontier” –, Bush defendeu que o progresso científico é resultado da interação livre de intelectos livres: cientistas trabalhando em temas de sua escolha, definidos a partir de sua curiosidade para explorar o desconhecido e avançar as fronteiras da ciência.


As ideias de Humboldt e Bush tornaram-se pressupostos frequentemente tomados como verdades, validados pelo gigantesco progresso científico experimentado no século XX. Seus conceitos basilares, a autonomia universitária e a liberdade criativa para os cientistas, estão nas fundações que sustentaram a institucionalização de sistemas de educação superior em muitos países.

Com o acelerado desenvolvimento da ciência, cresceram os programas de pós-graduação, as associações acadêmicas, as agências de financiamento, os eventos e os periódicos científicos. Cresceram também os orçamentos e os investimentos.

De fato, nunca faltaram justificativas para ainda maiores orçamentos e investimentos: mais dinheiro produz mais pesquisa, que gera mais conhecimento, que leva a mais patentes que produzem inovações, que impulsionam novos produtos e riqueza.

No fim do século XX, a ciência já era um campo institucionalizado, globalizado, superespecializado e, em diversas áreas de conhecimento, maduro. E a evolução continuava e continua firme e forte em novas áreas de conhecimento e em domínios transdisciplinares.

No entanto, no imenso céu azul começaram a aparecer algumas nuvens ameaçadoras. A expansão sem fronteiras começou a enfrentar restrições orçamentárias. A liberdade para criar começou a ser contraposta a necessidades sociais e econômicas, imperativos já antecipados por Bush.

Novas políticas de Estado começaram a privilegiar uma visão de ciência orientada para a competitividade. Sofisticados sistemas de avaliação passaram a controlar o trabalho e a produção dos cientistas: de início, publicações científicas, em alguns países, o impacto real das pesquisas sobre a economia e a sociedade. Sorte das ciências tecnológicas, azar das ciências humanas.

A academia reagiu. Afinal, dois séculos de Humboldt estavam fortemente arraigados nos sistemas, práticas e cultura vigentes. Surgiram críticas à comercialização da ciência e à mcdonaldização das universidades. Por todo canto, descontentes manifestaram-se contra o culto da performance e de indicadores de produção. Nos trópicos, reino dos espelhos invertidos, reformadores passaram a enfrentar improdutivas hordas acadêmicas, habilidosas no uso de pirotecnias retóricas para defender interesses próprios.

Em texto publicado em 2017 pela revista Social Research: An International Quarterly, Wolfgang Rohe sugere que o pêndulo entre a defesa da autonomia e o imperativo de servir à sociedade está se movendo para a segunda base.

De fato, se a ciência tem influenciado tanto a sociedade, por que a sociedade não poderia direcionar a ciência, definindo prioridades? Afinal, conforme observou o Nobel Manfred Eigen há 30 anos, será justo continuar financiando a diversão privada de uma pequena casta privilegiada com dinheiro público?

O surgimento, a partir dos anos 1980, do conceito de grandes desafios – problemas complexos que afetam a sociedade e frequentemente demandam tratamento transdisciplinar, tais como a pobreza, a fome e a desigualdade – deu nome às prioridades. Resta explorar o engajamento direto entre a ciência e o mundo real e aprender a lidar com as contradições que esta aproximação enseja. O maior tributo a Humboldt e Bush é atualizar sistemas e práticas, conservando a essência de seus valores.

Chamada da Revista de Administração, Sociedade e Inovação - RASI

O Triple Helix Research Group (THERG-Brazil) em parceria com os editores da RASI (www.rasi.uff.br), a revista do PPGA/UFF, estão lançando uma chamada para um número especial da revista a ser publicado em 2019.

Chamada em Português / Chamada em Inglês

Solicitamos divulgar entre possíveis interessados.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

O fim do artigo científico

por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/05/2018 00h10, última modificação 09/05/2018 13h25
(https://www.cartacapital.com.br/revista/1002/o-fim-do-artigo-cientifico)

Um pilar da ciência transformou-se em zumbi à espera de um verdugo que abrevie sua agonia e da troca por algo melhor

Um teste para o leitor: quais destes títulos correspondem a artigos verdadeiros? 1.Desenvolvendo redes ativas usando algoritmos randomizados; 2. Re-representação (sic) como projeto de trabalho em terceirização: uma visão semiótica; 3. As dinâmicas de intersubjetividade e os imperativos monológicos em Dick e Jane: um estudo sobre modos de gêneros transrelacionais; 4. Atalhos e jornadas interiores: construindo identidades portáteis para carreiras contemporâneas.

Parabéns a quem respondeu 2 e 4. O artigo 2 foi publicado em MIS Quarterly, um dos principais periódicos da área de Gestão da Informação; e o 4 saiu na prestigiosa revista Administrative Science Quarterly. Os demais são falsos. O título 1 foi obra de um softwarecriado por estudantes do MIT, que gera artigos completos, totalmente falsos e absurdos; e o 3 foi retirado de um cartoon de Calvin, no qual o personagem, depois de criá-lo, exclama: “Academia, aqui vou eu!”

De fato, não falta ironia contra a linguagem adotada em textos científicos. Alguns parecem ter sido criados para inflar achados menores e intimidar leitores com uma linguagem empolada e turva.

Ocorre que o artigo científico é um dos pilares de desenvolvimento da ciência. Antes de seu surgimento, os resultados de experimentos e novos conhecimentos eram informados em apresentações e por meio de cartas. O artigo científico facilitou a comunicação e acelerou a evolução do conhecimento.

Hoje, o sistema de publicações científicas compreende milhares de revistas e está estruturado em castas. Grandes grupos editoriais estão por detrás do lucrativo negócio. No topo encontram-se os periódicos mais seletivos e reputados. Publicar nesses veículos requer passar pelo duro escrutínio de exigentes avaliadores. Provê status e reconhecimento dos pares. Facilita o acesso a financiamentos e pode acelerar a carreira acadêmica.

Nos últimos anos, o sistema passou a ser criticado. As universidades, preocupadas com rankings e sob pressão para justificar gastos, passaram a pressionar pesquisadores a publicar mais. Muitos deles mudaram de rumo: em lugar de gerar novo conhecimento, passaram a orientar seus esforços para gerar mais publicações.

Assim, o foco na ciência foi trocado pelo foco nos indicadores de desempenho e na própria carreira. Do outro lado do balcão, a própria comunidade científica multiplicou o número de periódicos, ampliando o espaço para textos de qualidade duvidosa.

Mesmo no topo, a situação é preocupante. Textos científicos de eras anteriores eram menos especializados e formais. Eram também mais curtos e diretos. E não havia ainda o fetiche da estatística. A superespecialização da ciência tornou os artigos mais longos, herméticos e cheios de jargão.

O modelo tornou-se anacrônico e precisa de reformas. Artigos científicos deveriam ser mais simples de escrever e mais rápidos de ler. A forma deveria ceder espaço ao conteúdo. Escapar da forma papel (ou pdf) é o primeiro passo. Em seu lugar, poderíamos ter módulos de conhecimento, curtos e objetivos, especializados e rigorosos, porém também atraentes e interessantes.

Este sucedâneo deveria se distanciar do hermetismo estatístico tanto quanto das caudalosas digressões textuais. Hiperlinks e recursos interativos poderiam prover acesso direto a bases de dados, textos de apoio, imagens, simulações e outros recursos de interesse dos leitores.

Entretanto, mudar somente a forma não é suficiente. Em muitos campos a superespecialização levou à fragmentação, com a multiplicação de pequenos grupos de pesquisa orientados por interesses próprios e pouco dispostos a esforços cooperativos. É preciso reverter essa tendência e fomentar pesquisa em torno de temas aglutinadores, convergentes com as necessidades e demandas da sociedade.

Recentemente, o editor do periódico Academy of Management Journal, um dos principais do campo da Administração, exortou a comunidade científica a orientar esforços de pesquisa na busca de soluções para problemas críticos que afetam o planeta: pobreza, desigualdade, crise ambiental e muitos outros. Não há escassez de problemas e não temos um planeta de reserva. A ciência deveria fazer mais.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

10 things every researcher needs to know
about using altmetrics
October 17th, 3pm BST/10am EDT 


Dear Colleagues,
Staying up to date with who’s using and discussing your research is crucial in today’s online world.
Join us on October 17th when Cat Williams, COO, and Josh Clark, Marketing Executive, from Altmetric will provide guidance and tools for using altmetrics to ensure your research is getting to the right people at the right time and being accurately interpreted. This 40 min webinar is free to attend and will cover tips you can immediately apply in your workflow to:
  • Monitor and track early engagement with your work
  • Effectively showcase the influence and impacts your research is having
  • Identify the most effective online channels to achieve the broadest reach
… and much more 
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