segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

BNDES anuncia R$ 40 milhões em fundo para parques e incubadoras

O BNDESPar, braço de participações societárias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, vai investir até R$ 40 milhões em fundo para empresas incubadoras e parques tecnológicos, de acordo com operação autorizada pela diretoria do banco. O dinheiro será aplicado em cotas do Fundo de Investimento em Participações Inova Empresa MPE Capital Semente – Primatec. O valor equivale a 40% do patrimônio comprometido no fundo.
De acordo com o BNDES, a operação foi apresentada durante uma reunião, na terça-feira, 28, na sede da instituição, no centro do Rio, entre a diretora da Área de Mercado de Capitais do Banco, Eliane Lustosa; o diretor executivo da Antera Gestão de Recursos S.A. [gestora do fundo], Robert Binder; e o consultor operacional do fundo, o diretor executivo da Brain Ventures S.A., Marcelo Almeida.
O Primatec, que foi criado a partir do programa Inova Empresa, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é o primeiro fundo nacional destinado ao segmento de incubadoras e de parques tecnológicos. Os alvos são os setores de tecnologia da informação e comunicações (TICs), energia, sustentabilidade e economia criativa.
O fundo é de capital semente [modelo de financiamento para projetos empresariais em estágio inicial de desenvolvimento] e investe em startups que têm como origem incubadoras instaladas em parques tecnológicos. Os projetos são obrigados a apresentar novos produtos, serviços ou processos que representem novidades ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social.
O funcionamento do fundo conta com a Rede Primatec, atualmente integrada por 16 parques tecnológicos e incubadoras entre os mais importantes do país, além de participação do governo e do setor privado. “Estruturada de forma a estabelecer um novo paradigma baseado no mérito, em condições igualitárias e transparentes, a Rede difunde a cultura do capital empreendedor, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento dos sistemas de inovação”, informou o banco.
O BNDES destacou que a criação de incubadoras é incentivada por governos de todo o mundo, entre eles Israel e China, porque significam agentes catalisadores do desenvolvimento tecnológico. O banco afirmou que as incubadoras também são vistas como agentes de mudança, “capazes de atuar em falhas de mercado, expandindo o desenvolvimento econômico através de uma base de pequenas empresas e promovendo a formação de novos negócios”.

Republicado de http://anprotec.org.br/site/2017/12/bndes-anuncia-r-40-milhoes-em-fundo-para-incubadoras-e-parques-tecnologicos/

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Eleição do boarding da THA

Prezados amigos, informo que saiu o resultado da eleição para o comitê diretivo da Triple Helix Association e que fui eleito como um dos 6 membros para o biênio 2018-2019. Maiores informações em https://www.triplehelixassociation.org/


Congratulations to the new THA elected Board!
After one month devoted to the online collection of votes from our Membership base  we are please to share with our Community  the elections results!
113 members were invited to take part to online voting session, among those 78 casted their voted. Thank you very much for actively contributing to this important decision making phase.
The list of the elected candidates and votes received in presented below:
President
Henry Etzkowitz,69
Vice-Presidents
Mariza Almeida,42
Emanuela Todeva,36
Board members
Christiane Gebhardt,47
Yuzhuo Cai,42
Marcelo Gongalves do Amaral,40
Liana Kobzeva,36
Juan Antonio Bertolin,35
Panayiotis Ketikidis,34
Auditors
Maria Augusta Mancini,62
Scott Billadeau,59

The new elected board will officially enter into office from 1st January 2018.
Congratulations  to the new THA elected Board and thanks to all the candidates who run for this election!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Participando em reunião da CAPES, agora!!


Participando da reunião de avaliação dos programas de pós-doutorado da CAPES via skype. Tarde "pesada" de trabalho inclusive com apresentação remota!!

Anprotec faz parte da 1ª Rede Nacional de Associações de Inovação

Durante o Café da Manhã Anprotec & Parceiros, realizado nesta quinta-feira (7), a Anprotec e outras sete entidades voltadas à inovação assinaram um memorando que oficializou a criação da Rede Nacional de Associações de Inovação (RNAI), uma iniciativa inédita no Brasil.

A Rede tem como objetivo fomentar ações de cooperação para promover o desenvolvimento, a tecnologia e a inovação entre os associados de todas as instituições, sendo eles empresas, organizações públicas e privadas, universidades ou outras instituições.
WhatsApp Image 2017-12-08 at 10.07.15Além da Anprotec, assinaram o documento a Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresas Inovadoras), a Anjos do Brasil (Instituto Anjos do Brasil), a PROTEC (Sociedade Brasileira Pro Inovação Tecnológica), a ABStartups (Associação Brasileira de Startups), a ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), a ABIPTI (Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação) e o Fortec (Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia).


MAtéria completa em: http://anprotec.org.br/site/2017/12/anprotec-faz-parte-da-1a-rede-nacional-de-associacoes-de-inovacao-no-brasil/

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Palestra do ICHS/UFF

Prezados, 

O Triple Helix Research Group Brazil tem o prazer de convidar para a palestra "ALINHAMENTO DAS INCUBADORAS DE EMPRESAS AO CONTEXTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma comparação entre metrópole e interior" a ser proferida pelo pesquisador Guilherme de Oliveira Santos, do PPED/UFRJ.

O evento ocorrerá dia 19 de dezembro de 2017, às 14h, na sala 208 do bloco A do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFF-VR e está aberto aos docentes e discentes dos Programas de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e Administração Pública (PROFIAP), assim como bolsitas PIBIC e PIBITI do ICHS.

Desde já agradecemos a presença de todos!!

Att,

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Livro Gestão na Universidade Pública

O Livro A Gestão na Universidade Pública foi editado em 2017 e traz 8 estudos sobre aspectos relevantes da gestão desse tipo de organização. O livro segue a venda no site da Editora Mulfico mas pode ser comprado a preço promocional de R$ 40,00 junto ao Triple Helix Reserach Group. Caso tenham interesse contatar o prof Marcelo Amaral (marceloamaral@id.uff.br)

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Premiação no X CASI

Prezados, é com muita satisfação que divulgo que o nosso trabalho Avaliação do Consórcio Modular Wolkswagen foi premiado como o melhor trabalho da área de Administração de Operações Produtivas no X CASI realizado em Petrópolis nos últimos dias 30/nov e 1/dez.
O trabalho é fruto da pesquisa que resultou na dissertação de mestrado do André Trintini defendida no final de 2016 no programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/ICHS/UFF).
Em breve estará disponível no Research Gate

Na foto: Jesus Rosa, Marcelo Amaral e Gustavo Motta

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Por que não atingimos a ‘classe mundial’?

Nas universidades públicas brasileiras o mérito está cada vez mais em segundo plano

*Elcio Abdalla, O Estado de S.Paulo
22 Novembro 2017 | 04h08

Há três semanas os professores Hernan Chaimovich e Carlos Henrique de Brito Cruz escreveram um excelente artigo sobre por que deveríamos almejar uma universidade brasileira de “classe mundial”. Por que não conseguimos ainda caminhar nessa direção?

Nas universidades públicas do País prospera a ideia de que as universidades são uma imagem da democracia, de que todos na universidade, de estudantes a professores titulares, passando por todos os funcionários, devem ter exatamente o mesmo peso nas grandes decisões. Nenhum erro é mais profundo e deletério que esse tipo de “populismo universitário”.

As universidades são o templo do saber, onde o conhecimento é produzido e desenvolvido. A liderança na universidade deve ser exercida por seus membros de maior capacidade. Não há dúvidas de que a universidade é uma instância da democracia nos dias de hoje, mas internamente a universidade não é uma simples democracia. Entre as universidades de elite de todo o planeta não há quase exemplos da escolha de dirigentes por voto direto, como querem alguns sindicalistas professores (nessa ordem!). Quem tem mérito – e representa os interesses e anseios da sociedade – é que indica os dirigentes. Isso é feito, de preferência, por um “comitê de busca”, composto por membros de alto prestígio acadêmico.

Nas universidades de elite do mundo a escolha das lideranças não se dá pelo “voto popular”. Nas americanas – Stanford, Califórnia, as prestigiosas Harvard e Princeton (todas entre as dez primeiras do planeta) – há um órgão central, o board of trustees, com representantes eminentes da sociedade e da própria academia, um grupo seleto de cerca de meia centena de pessoas que são responsáveis pela designação dos comitês de busca e pela escolha final dos reitores. Na primeira universidade do mundo, Oxford, no Reino Unido, há um chancellor, figura de grande prestígio eleita pelos membros da instituição. Em geral esse “chanceler” é uma figura pública de grande destaque – atualmente é um ex-governador de Hong Kong – que faz a representação formal de Oxford em caráter vitalício; o vice-chanceler, que é apontado por um grupo mais restrito de conselheiros, é que faz o papel dos nossos reitores. Nos Estados Unidos há um grupo de universidades com ideais liberalizantes, com muito poder dado aos estudantes. No entanto, não se encontra nesse grupo nenhuma universidade de “classe mundial”.

Nas universidades públicas brasileiras o mérito está cada vez mais em segundo plano. Há um viés sindicalista, clamando pelo voto popular na maioria das decisões importantes, o que acaba solapando a universidade brasileira. A USP praticamente faliu devido principalmente à satisfação de demandas populistas nas gestões anteriores. O atual reitor, professor Marco Antonio Zago, foi obrigado a fazer milagres para manter a USP em funcionamento. Mas o populismo continua propondo que o governo dê mais verbas para o funcionamento das universidades públicas paulistas. A nossa igualdade de salários e de direitos faz inveja a qualquer país escandinavo, com a diferença notável de que apenas um desses países inteiro cabe na cidade de São Paulo! Não raro uma secretária (não bilíngue!) tem salário de fazer inveja a professores titulares.

O populismo dentro da USP está rasgando o tecido social meritocrático. Apesar da crise, os sindicatos continuam mostrando sua voracidade pelo poder, com ridículas propostas de gestão paritária. Mais recentemente, apareceu uma proposta, também acintosa, de “eleição de dirigentes” em que estudantes e funcionários teriam 30% dos votos, e professores teriam os seus votos igualitariamente distribuídos nas diversas categorias, independentemente do mérito acadêmico.

Nas universidades paulistas há um grande número de grupos de excelência. Temos grupos na Faculdade de Medicina que praticam procedimentos de Primeiro Mundo. Na Astronomia, os grupos brasileiros fazem parte de projetos internacionais de grande repercussão em condição de igualdade com lideranças internacionais importantes. A Fapesp faz um enorme esforço em diversas áreas, com contribuições que ultrapassam a fronteira da ciência, tentando induzir o desenvolvimento de tecnologias de ponta, de relevância para o próprio parque industrial do País. No Instituto de Física há colaborações com grupos da Biociência que desenvolvem técnicas de combate ao excesso de colesterol no sangue, responsável por patologias como a aterosclerose. Grupos importantes se fazem presentes na Unicamp e no Instituto de Física Teórica da Unesp, com contribuições importantes à ciência. Esses são apenas alguns exemplos.

Em São Paulo, a Fapesp sempre se mostrou de excelência justamente por ser gerida por cientistas e ter decisões balizadas apenas e tão somente pelo mérito acadêmico.

O pleno desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa na universidade depende de um ambiente propício, sem as ameaças deletérias do populismo. Em manifestação recente, os sindicalistas da USP pretendem até ditar os rumos do nosso trabalho acadêmico! Alguns mostram seu ódio à própria Fapesp por ser esta contrária a qualquer intervenção populista.

Enquanto não dermos um basta à fúria populista, a USP continuará descendo a ladeira em direção à vala comum das universidades de terceiro nível. Nesse cenário lastimável, os docentes competentes passarão a procurar locais de trabalho mais adequados às suas aspirações científicas e acadêmicas. A USP deixará de ser o “bastião de qualidade” do povo paulista. Ao invés de se transformar numa “universidade de classe mundial”, a USP corre o risco de passar às mãos dos oportunistas de plantão, prontos para tomar o poder temporal sem a menor capacidade acadêmica de impulsionar a ciência e a cultura que bem merece o povo de São Paulo, que nos atribui quase 5% do montante de impostos arrecadados.

*Professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, é membro da Academia Brasileira de Ciências

Publicado originalmente em: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,por-que-nao-atingimos-a-classe-mundial,70002092637