sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Eleição do boarding da THA

Prezados amigos, informo que saiu o resultado da eleição para o comitê diretivo da Triple Helix Association e que fui eleito como um dos 6 membros para o biênio 2018-2019. Maiores informações em https://www.triplehelixassociation.org/


Congratulations to the new THA elected Board!
After one month devoted to the online collection of votes from our Membership base  we are please to share with our Community  the elections results!
113 members were invited to take part to online voting session, among those 78 casted their voted. Thank you very much for actively contributing to this important decision making phase.
The list of the elected candidates and votes received in presented below:
President
Henry Etzkowitz,69
Vice-Presidents
Mariza Almeida,42
Emanuela Todeva,36
Board members
Christiane Gebhardt,47
Yuzhuo Cai,42
Marcelo Gongalves do Amaral,40
Liana Kobzeva,36
Juan Antonio Bertolin,35
Panayiotis Ketikidis,34
Auditors
Maria Augusta Mancini,62
Scott Billadeau,59

The new elected board will officially enter into office from 1st January 2018.
Congratulations  to the new THA elected Board and thanks to all the candidates who run for this election!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Participando em reunião da CAPES, agora!!


Participando da reunião de avaliação dos programas de pós-doutorado da CAPES via skype. Tarde "pesada" de trabalho inclusive com apresentação remota!!

Anprotec faz parte da 1ª Rede Nacional de Associações de Inovação

Durante o Café da Manhã Anprotec & Parceiros, realizado nesta quinta-feira (7), a Anprotec e outras sete entidades voltadas à inovação assinaram um memorando que oficializou a criação da Rede Nacional de Associações de Inovação (RNAI), uma iniciativa inédita no Brasil.

A Rede tem como objetivo fomentar ações de cooperação para promover o desenvolvimento, a tecnologia e a inovação entre os associados de todas as instituições, sendo eles empresas, organizações públicas e privadas, universidades ou outras instituições.
WhatsApp Image 2017-12-08 at 10.07.15Além da Anprotec, assinaram o documento a Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresas Inovadoras), a Anjos do Brasil (Instituto Anjos do Brasil), a PROTEC (Sociedade Brasileira Pro Inovação Tecnológica), a ABStartups (Associação Brasileira de Startups), a ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), a ABIPTI (Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação) e o Fortec (Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia).


MAtéria completa em: http://anprotec.org.br/site/2017/12/anprotec-faz-parte-da-1a-rede-nacional-de-associacoes-de-inovacao-no-brasil/

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Palestra do ICHS/UFF

Prezados, 

O Triple Helix Research Group Brazil tem o prazer de convidar para a palestra "ALINHAMENTO DAS INCUBADORAS DE EMPRESAS AO CONTEXTO REGIONAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: uma comparação entre metrópole e interior" a ser proferida pelo pesquisador Guilherme de Oliveira Santos, do PPED/UFRJ.

O evento ocorrerá dia 19 de dezembro de 2017, às 14h, na sala 208 do bloco A do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da UFF-VR e está aberto aos docentes e discentes dos Programas de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e Administração Pública (PROFIAP), assim como bolsitas PIBIC e PIBITI do ICHS.

Desde já agradecemos a presença de todos!!

Att,

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Livro Gestão na Universidade Pública

O Livro A Gestão na Universidade Pública foi editado em 2017 e traz 8 estudos sobre aspectos relevantes da gestão desse tipo de organização. O livro segue a venda no site da Editora Mulfico mas pode ser comprado a preço promocional de R$ 40,00 junto ao Triple Helix Reserach Group. Caso tenham interesse contatar o prof Marcelo Amaral (marceloamaral@id.uff.br)

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Premiação no X CASI

Prezados, é com muita satisfação que divulgo que o nosso trabalho Avaliação do Consórcio Modular Wolkswagen foi premiado como o melhor trabalho da área de Administração de Operações Produtivas no X CASI realizado em Petrópolis nos últimos dias 30/nov e 1/dez.
O trabalho é fruto da pesquisa que resultou na dissertação de mestrado do André Trintini defendida no final de 2016 no programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/ICHS/UFF).
Em breve estará disponível no Research Gate

Na foto: Jesus Rosa, Marcelo Amaral e Gustavo Motta

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Por que não atingimos a ‘classe mundial’?

Nas universidades públicas brasileiras o mérito está cada vez mais em segundo plano

*Elcio Abdalla, O Estado de S.Paulo
22 Novembro 2017 | 04h08

Há três semanas os professores Hernan Chaimovich e Carlos Henrique de Brito Cruz escreveram um excelente artigo sobre por que deveríamos almejar uma universidade brasileira de “classe mundial”. Por que não conseguimos ainda caminhar nessa direção?

Nas universidades públicas do País prospera a ideia de que as universidades são uma imagem da democracia, de que todos na universidade, de estudantes a professores titulares, passando por todos os funcionários, devem ter exatamente o mesmo peso nas grandes decisões. Nenhum erro é mais profundo e deletério que esse tipo de “populismo universitário”.

As universidades são o templo do saber, onde o conhecimento é produzido e desenvolvido. A liderança na universidade deve ser exercida por seus membros de maior capacidade. Não há dúvidas de que a universidade é uma instância da democracia nos dias de hoje, mas internamente a universidade não é uma simples democracia. Entre as universidades de elite de todo o planeta não há quase exemplos da escolha de dirigentes por voto direto, como querem alguns sindicalistas professores (nessa ordem!). Quem tem mérito – e representa os interesses e anseios da sociedade – é que indica os dirigentes. Isso é feito, de preferência, por um “comitê de busca”, composto por membros de alto prestígio acadêmico.

Nas universidades de elite do mundo a escolha das lideranças não se dá pelo “voto popular”. Nas americanas – Stanford, Califórnia, as prestigiosas Harvard e Princeton (todas entre as dez primeiras do planeta) – há um órgão central, o board of trustees, com representantes eminentes da sociedade e da própria academia, um grupo seleto de cerca de meia centena de pessoas que são responsáveis pela designação dos comitês de busca e pela escolha final dos reitores. Na primeira universidade do mundo, Oxford, no Reino Unido, há um chancellor, figura de grande prestígio eleita pelos membros da instituição. Em geral esse “chanceler” é uma figura pública de grande destaque – atualmente é um ex-governador de Hong Kong – que faz a representação formal de Oxford em caráter vitalício; o vice-chanceler, que é apontado por um grupo mais restrito de conselheiros, é que faz o papel dos nossos reitores. Nos Estados Unidos há um grupo de universidades com ideais liberalizantes, com muito poder dado aos estudantes. No entanto, não se encontra nesse grupo nenhuma universidade de “classe mundial”.

Nas universidades públicas brasileiras o mérito está cada vez mais em segundo plano. Há um viés sindicalista, clamando pelo voto popular na maioria das decisões importantes, o que acaba solapando a universidade brasileira. A USP praticamente faliu devido principalmente à satisfação de demandas populistas nas gestões anteriores. O atual reitor, professor Marco Antonio Zago, foi obrigado a fazer milagres para manter a USP em funcionamento. Mas o populismo continua propondo que o governo dê mais verbas para o funcionamento das universidades públicas paulistas. A nossa igualdade de salários e de direitos faz inveja a qualquer país escandinavo, com a diferença notável de que apenas um desses países inteiro cabe na cidade de São Paulo! Não raro uma secretária (não bilíngue!) tem salário de fazer inveja a professores titulares.

O populismo dentro da USP está rasgando o tecido social meritocrático. Apesar da crise, os sindicatos continuam mostrando sua voracidade pelo poder, com ridículas propostas de gestão paritária. Mais recentemente, apareceu uma proposta, também acintosa, de “eleição de dirigentes” em que estudantes e funcionários teriam 30% dos votos, e professores teriam os seus votos igualitariamente distribuídos nas diversas categorias, independentemente do mérito acadêmico.

Nas universidades paulistas há um grande número de grupos de excelência. Temos grupos na Faculdade de Medicina que praticam procedimentos de Primeiro Mundo. Na Astronomia, os grupos brasileiros fazem parte de projetos internacionais de grande repercussão em condição de igualdade com lideranças internacionais importantes. A Fapesp faz um enorme esforço em diversas áreas, com contribuições que ultrapassam a fronteira da ciência, tentando induzir o desenvolvimento de tecnologias de ponta, de relevância para o próprio parque industrial do País. No Instituto de Física há colaborações com grupos da Biociência que desenvolvem técnicas de combate ao excesso de colesterol no sangue, responsável por patologias como a aterosclerose. Grupos importantes se fazem presentes na Unicamp e no Instituto de Física Teórica da Unesp, com contribuições importantes à ciência. Esses são apenas alguns exemplos.

Em São Paulo, a Fapesp sempre se mostrou de excelência justamente por ser gerida por cientistas e ter decisões balizadas apenas e tão somente pelo mérito acadêmico.

O pleno desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa na universidade depende de um ambiente propício, sem as ameaças deletérias do populismo. Em manifestação recente, os sindicalistas da USP pretendem até ditar os rumos do nosso trabalho acadêmico! Alguns mostram seu ódio à própria Fapesp por ser esta contrária a qualquer intervenção populista.

Enquanto não dermos um basta à fúria populista, a USP continuará descendo a ladeira em direção à vala comum das universidades de terceiro nível. Nesse cenário lastimável, os docentes competentes passarão a procurar locais de trabalho mais adequados às suas aspirações científicas e acadêmicas. A USP deixará de ser o “bastião de qualidade” do povo paulista. Ao invés de se transformar numa “universidade de classe mundial”, a USP corre o risco de passar às mãos dos oportunistas de plantão, prontos para tomar o poder temporal sem a menor capacidade acadêmica de impulsionar a ciência e a cultura que bem merece o povo de São Paulo, que nos atribui quase 5% do montante de impostos arrecadados.

*Professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, é membro da Academia Brasileira de Ciências

Publicado originalmente em: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,por-que-nao-atingimos-a-classe-mundial,70002092637

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Universidades brasileiras de classe mundial

*Hernan Chaimovich e Carlos Henrique de Brito Cruz, O Estado de S.Paulo

Está na hora de o País, que não tem nenhuma entre as cem melhores, começar a pensar nisso31 Outubro 2017 | 03h07

Universidades de classe mundial exibem excelência na educação, na pesquisa, nas suas interações com a sociedade, têm destaque global, desempenham papel fundamental nos sistemas de ensino superior e no desenvolvimento da economia global do conhecimento. Essas universidades servem às necessidades nacionais e promovem o bem público formando a elite intelectual, liderando o progresso da ciência e da tecnologia, em permanente contato com o cenário científico, tecnológico, cultural e político internacional. Nos últimos anos, número crescente de nações, como Alemanha, França, China e Espanha, organizaram programas para intensificar a excelência acadêmica de algumas de suas universidades a fim de incluí-las no grupo das mais destacadas do mundo.

Nos rankings globais das mais de 20 mil instituições que se denominam universidades, são avaliadas menos de mil. Nesses rankings há muitos defeitos e idiossincrasias, mas também pontos em comum que podem auxiliar a começar a entender o nosso desafio e os meios para enfrentá-lo. Os critérios de ordenação variam entre os rankings com influência internacional, mas em geral contemplam variáveis como qualidade da educação, empregabilidade dos formandos, qualidade do corpo docente, quantidade e impacto internacional das publicações, influência ou visibilidade da universidade, impacto da produção intelectual e das patentes, composição internacional do corpo de estudantes e docente. Há uma interessante coincidência na colocação das 20 ou 30 mais bem classificadas e também no fato de não haver nenhuma universidade brasileira entre as cem instituições mais bem classificadas do mundo.

As universidades brasileiras mais bem colocadas ocupam posições que variam segundo o ranking. As primeiras posições no recente ranking do Times Higher Education são ocupadas por USP (251-300), Unicamp (401-500) e Unifesp (501-600). No QS Best University Rankings de 2017 as posições de USP, Unicamp e UFRJ são 121, 182 e 311, respectivamente. Já no sistema ARWU (Shanghai Ranking) as posições relativas são USP (151-200), UFRJ (301-400) e Unesp (301-400). Em geral, os indicadores de volume de produção elevam a posição das universidades brasileiras e os que medem qualidade, como prêmios globais, visibilidade das publicações e internacionalização, as deixam em desvantagem.

São 21 as brasileiras que figuram entre as mil universidades mais bem classificadas pelo Times Higher Education World University Rankings em 2018. Assim, existe no País um contingente de instituições com capacidade de almejar, dependendo de condições e estímulos objetivos, um lugar entre as mais destacadas do mundo.

Mas não é por causa dos rankings que o Brasil precisa melhorar o desempenho de suas universidades. É, sim, porque no mundo moderno só conseguem prosperar e criar melhores condições para seu povo as nações que dominam a criação e a aplicação do conhecimento. Por isso urge um programa nacional oferecendo condições para que algumas universidades brasileiras ganhem competitividade global. A experiência internacional mostra que deveríamos considerar um programa para apoiar algumas delas, selecionadas de forma rigorosamente competitiva, com base em planos de desenvolvimento institucional que demonstrem a possibilidade de ganharem competitividade mundial, demonstrando o resultado em dez anos.

Um dos maiores desafios para a busca da excelência acadêmica é o estabelecimento de um sistema de governança institucional que dê prioridade a valores acadêmicos reconhecidos internacionalmente. Um programa do tipo proposto não se pode limitar a oferecer recursos, precisa estimular e tornar viáveis reformas institucionais. As universidades devem ser estimuladas a planejar ações institucionais eficazes que descrevam metas, custos adicionais e métricas de desempenho e avaliação. Tais ações devem aumentar o impacto científico, social e econômico da instituição, segundo padrões internacionais, e não podem limitar-se a aumentar a infraestrutura de pesquisa. Em planos de outros países é fácil notar que se busca incrementar a inserção nacional modificando o ensino e a pesquisa e a relação de ambos com os setores público e privado. Busca-se tornar a universidade mais atraente para os melhores estudantes e professores, desenvolvendo a colaboração e a reputação internacionais.

Para que um plano dessa natureza funcione é preciso que seja nacional, e não apenas federal. Requer que o Poder Executivo, nos níveis federal e estaduais, esteja disposto e comprometido a realizar modificações em peças de legislação que obstam o desenvolvimento acadêmico. É preciso garantir estabilidade e autonomia sobre o orçamento designado, incluindo a dotação de pessoal, custeio e capital, além de flexibilidade institucional para definição de salários e processo de seleção e promoção.

Exatamente porque vivemos tempos conturbados no Brasil é essencial adotar já iniciativas arrojadas e transformadoras que contribuam para construir um Brasil melhor, uma Nação mais forte, justa e sustentável. Não foi por acaso que a China e a Alemanha apostaram em programas de excelência para melhor se colocarem no cenário internacional. Universidades de classe mundial inserem o país competitivamente, mas não só para avançar nos rankings. Universidades capazes de formar lideranças internacionalmente em todas as áreas fazem a sociedade mais informada e inteligente, nutrem os centros de inovação, produzem formuladores de políticas públicas e atuam nas áreas sociais e culturais. Como entidades de referência, elevam os referenciais nacionais, definindo muito melhor as chances para o país num mundo que avança com base no conhecimento.

*Respectivamente, bioquímico, ex-presidente do CNPQ, professor emérito do Instituto de Química da USP; e engenheiro de eletrônica e físico, diretor científico da Fapesp, ex-reitor e professor no

Publicado originalmente em : http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,universidades-brasileiras-de-classe-mundial,70002066804